quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Agressão Gratuita.

Covardia: PoliciaMilitar da Bahia spanca jovem de 17 anos, cameras e a popuação que estava no local são testemunhas da violencia e truculência utilizada por essas pessoas que dizem agir "conforme a lei".




segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Wake Up!




Wake Up                                                

Come on!
Uggh!

Come on, although ya try to discredit
Ya still never edit
The needle, I'll thread it
Radically poetic
Standin' with the fury that they had in '66
And like E-Double I'm mad
Still knee-deep in the system's shit
Hoover, he was a body remover
I'll give ya a dose
But it'll never come close
To the rage built up inside of me
Fist in the air, in the land of hypocrisy

Movements come and movements go
Leaders speak, movements cease
When their heads are flown
'Cause all these punks
Got bullets in their heads
Departments of police, the judges, the feds
Networks at work, keepin' people calm
You know they went after King
When he spoke out on Vietnam
He turned the power to the have-nots
And then came the shot

Yeah!
Yeah, back in this...
Wit' poetry, my mind I flex
Flip like Wilson, vocals never lackin' dat finesse
Whadda I got to, whadda I got to do to wake ya up
To shake ya up, to break the structure up
'Cause blood still flows in the gutter
I'm like takin' photos
Mad boy kicks open the shutter
Set the groove
Then stick and move like I was Cassius
Rep the stutter step
Then bomb a left upon the fascists
Yea, the several federal men
Who pulled schemes on the dream
And put it to an end
Ya better beware
Of retribution with mind war
20/20 visions and murals with metaphors
Networks at work, keepin' people calm
Ya know they murdered X
And tried to blame it on Islam
He turned the power to the have-nots
And then came the shot

Uggh!
What was the price on his head?
What was the price on his head!

I think I heard a shot
I think I heard a shot
I think I heard a shot
I think I heard a shot
I think I heard a shot
I think I heard, I think I heard a shot

'He may be a real contender for this position should he
abandon his supposed obediance to white liberal doctrine
of non-violence...and embrace black nationalism'
'Through counter-intelligence it should be possible to
pinpoint potential trouble-makers...And neutralize them,
neutralize them, neutralize them'

Wake up! Wake up! Wake up! Wake up!
Wake up! Wake up! Wake up! Wake up!

How long? Not long, cause what you reap is what you sow

Acorde

Vamos lá!
Uggh!

Embora você tente desacreditar
Ainda assim, você nunca editaria
A agulha com que costuro
Radicalmente poético
De pé com a fúria que eles tiveram em 1966
E como E-double, estou furioso
Ainda coberto nas merdas do sistema
Hoover, era um removedor de corpos
Vou te dar uma dose
Mas nunca chegará perto da raiva
Crescendo dentro de mim
Punhos no ar na terra da hipocrisia

Movimentos vem e movimentos vão
Líderes falam, movimentos terminam
Enquanto cabeças rolam
Porque todos esses caras
Têm balas na cabeça
Departamentos de polícia, os juízes, os federais
Redes de comunicações usadas para manter as pessoas sob controle
Você sabe que elas foram atrás de King
Quando discursou no Vietnã
Ele devolveu o poder para os que nada tem
E então veio o tiro

Yeah!
Yea, de volta nisso...
Com poesia, minha mente eu exercito
Inteligente como Wilson, nos vocais nunca falta delicadeza
Quem eu tenho, quem eu tenho, que eu tenho que fazer para te acordar?
Para te chacoalhar, para quebrar a estrutura
Porque o sangue ainda escorre na sarjeta
Estou tipo, tirando fotos
Um garoto doido abre o obturador
Arrume o caminho
Então finque e se mexa como se eu fosse Cassius
Censure a guagues
Então bombardeie a esquerda sob os fascistas
É, os muitos homens federais
Os quais tramavam planos nos sonhos
Para dar fim neles
Melhor você se cuidar
Da retaliação com guerra psicologica
Visões perfeitas e murais com metáforas
Redes de comunicações, mantém pessoas sob controle
Você sabe que eles assassinaram X
E tentaram culpar o Islã
Ele devolveu o poder para os que nada têm
E então veio o tiro

Uggh!
Qual era o preço pela cabeça dele?
Qual era o preço pela cabeça dele?

Eu acho que ouvi um tiro
Eu acho que ouvi um tiro
Eu acho que ouvi um tiro
Eu acho que ouvi um tiro
Eu acho que ouvi um tiro
Eu acho que ouvi, eu acho que ouvi um tiro

Ele talvez seja um bravo condidato para esta posição, ele deve
Abandonar a suposta obediência a doutrina liberal branca
De não-violência e adote o nacionalismo negro
Através de contra inteligência, deve ser possível
Identificar potenciais baderneiros... E neutralizá-los,
Neutralizá-los, neutralizá-los

Acorde! Acorde! Acorde! Acorde!
Acorde! Acorde! Acorde! Acorde!

Quanto tempo? Não muito, por que você colhe o que planta

Anarco Primitivismo



O anarco-primitivismo (o primitivismo radical, o primitivismo antiautoritario, o movimento anti-civilização, ou justo, o primitivismo) é um termo taquigráfico para uma corrente radical que critica a totalidade da civilização a partir de uma perspectiva anarquista, e procura iniciar uma transformação compreensiva da vida humana. Estritamente falando, não há uma coisa tal como o anarco-primitivismo ou os anarcos-primitivistas. Fredy Perlman, uma das vozes importantes nesta corrente, disse uma vez, “Ao único ista que respondo é ao de violoncelista”. Os indivíduos associados com esta corrente não querem ser adeptos de uma ideologia, meramente pessoas que buscam se tornar indivíduos livres em comunidades livres em harmonia uns com outros e com a biosfera, e podem por tanto recusar a ser limitados pelo termo “anarco-primitivismo” ou qualquer outra etiqueta ideológica.
No melhor dos casos, então, o anarco-primitivismo é uma etiqueta que convém ser utilizada para caracterizar indivíduos diversos com um projeto comum: a abolição de todas as relações de poder - por exemplo: estruturas de controle, coerção, dominação, e exploração - e a criação de uma forma de comunidade que exclua todas essas relações.

Então por que o termo anarco-primitivismo é usado para caracterizar a esta corrente?

Em 1986, o círculo ao redor da revista Fifth Estate (Quinto Estado) de Detroit assinalaram que estavam comprometidos em desenvolver uma “análise crítica das estruturas tecnologicas da civilização ocidental [,] combinado com uma revalorização do mundo indígena e o caráter das comunidades primitivas e originais. Neste sentido nós somos primitivistas…” O grupo Fifth Estate procurava complementar uma crítica da civilização como um projeto de controle com uma revalorização do primitivo, o que consideravam como uma fonte de renovação e inspiração antiautoritaria. Esta revalorização do primitivo se fez a partir de uma perspectiva anarquista, uma perspectiva preocupada com a eliminação das relações de poder.
Apontando para uma “síntese emergente da anarquía pós-moderna e do primitivismo (no sentido original), e uma visão entusiasmada baseada na Terra” O círculo de Fifth Estate indicava:
"Nós não somos anarquistas por si, mas pró-anarquía, o que é para nós uma forma de vida, uma experiência integral, sem nenhuma relação com o Poder e recusando todas as ideologias… Nosso trabalho no FE como um projeto explora as possibilidades para nossa própria participação neste movimento, mas também trabalha para o redescobrimiento da raízes primitivas da anarquía bem como na documentação de sua expressão atual. Simultaneamente, nós examinamos a evolução do Poder em nosso meio para sugerir novos terrenos para a contestação e a crítica para minar a tirania atual do moderno discurso totalitário - essa hiper-realidade que destrói o sentido humano, e consequentemente solidariedade, ao simulá-la mediante a tecnologia.
Sublinhando todas as lutas pela liberdade nesta necessidade central: recuperar um autêntico discurso humano fundamentado na autonomia, mutuamente intersubjetivo e estreitamente associado com o mundo natural.

O objetivo é desenvolver uma síntese da anarquía primária e a anarquia contemporânea, uma síntese dos aspetos ecologicamente-focalizados, não estatistas, anti-autoritários dos modos de vida primitivas com as mais avançadas formas da análise anarquista das relações de poder. O objetivo não é fazer uma réplica ou voltar ao primitivo, é meramente ver o primitivismo como uma fonte de inspiração, como exempos de formas de anarquía.

Para os anarco-primitivistas, a civilização é um contexto no qual se desenvolvem a multiplicidade das relações de poder. Algumas relações de poder básicas estão presentes nas sociedades primitivas - e esta é uma das razões pela qual os anarco-primitivistas não procuram reproduzir estas sociedades - mas é na civilização onde as relações de poder acabam dominantes e arraigadas em praticamente todos os aspectos da vida humana e das relações humanas com a biosfera. A civilização - também referida como a megamáquina ou Leviathan- se converte numa imensa máquina que ganha seu próprio impulso e acaba fora de controle, inclusive de seus supostos asministradores. Fortalecida pelas rotinas da vida cotidiana a qual são definidas e administradas por padrões interiorizados de obediência, as pessoas se tornam escravas da máquina, do sistema de civilização propriamente dito. Só uma rejeição generalizada deste sistema e suas variadas formas de controle, sublevando-se contra o próprio poder, pode abolir a civilização, e propor uma alternativa radical. Ideologias tais como o Marxismo, o anarquismo clássico e o feminismo se opõem a aspectos da civilização; apenas o anarco-primitivismo se opõe a civilização, o contexto na qual as variadas formas de opressão proliferam e se tornam dominantes- e, por tanto, concebiveis.

O anarco-primitivismo incorpora elementos de várias correntes de oposição - consciencia ecológica, anti-autoritarismo anarquista, críticas feministas, idéias Situacionistas, teorias do zero-work (zero-trabalho), criticismo tecnológico- mas vai além da oposição a determinadas formas de poder para recusar todas elas e propor uma alternativa radical.

Em que difere o anarco-primitivismo do anarquismo, ou outras ideologias radicais?

A partir da perspectiva do anarco-primitivismo, todas as outras formas de radicalismo aparecem como reformistas, ainda que elas se vejam ou não como revolucionárias. O marxismo e o anarquismo clássico, por exemplo, querem  tomar a civilização, remodelar suas estrutures em algum grau, e eliminar seus piores abusos e opressões. De qualquer maneira, 99% da vida na civilização se mantém sem mudança em seus palcos futuros, precisamente porque os aspectos da civilização que eles questionam são mínimos. Ainda que ambos queiram abolir o capitalismo, e o anarquismo clássico abolindo o Estado também, sobretudo as pautas da vida não mudariam muito.

Ainda que possa ter algumas mudanças nas relações socioeconômicas, tais como o controle dos trabalhadores da indústria e conselhos de bairro em lugar de Estado, e inclusive uma preocupação ecológica, as pautas básicas se manterá sem mudanças. O modelo ocidental de progresso seria meramente emendadoe e ainda atuaria como um ideal. A sociedade de massas continuaria essencialmente, com a maioria das pessoas trabalhando, vivendo em ambientes artificiais, tecnologizados, e sujeitos a formas de coerção e controle.
As ideologias radicais na Esquerda buscam obter o poder, não o abolir. Por tanto, desenvolvem variadas formas de grupos exclusivos - quadros, partidos políticos, grupos concientizados- de forma a ganhar seguidores e planejar estratégias para aumentar o controle.

As organizações, para os anarco-primitivistas, são justamente ferramentas para pôr uma ideologia particular no poder. A política, “a arte e a ciência do governo ”, não é parte do projeto primitivista; só uma política do desejo, do prazer, do mutualismo e da liberdade radical.

Onde, de acordo com os anarco-primitivos, origina-se o poder?

Novamente, uma fonte de um debate entre os anarco-primitivistas. Perlman vê a criação de instituições impessoais ou as relações de poder abstratas como as que definem o momento no qual a anarquía primitiva começa a ser desmantelada pelas relações sociais civilizadas. Em contraste, John Zerzan localiza o desenvolvimento na mediação simbólica - em suas variadas formas de números, linguagem, tempo, arte e mais tarde, agricultura- como os meios de transição da liberdade humana para um estado de domesticação.

O foco na origem é importante para o anarco-primitivismo porque o primitivismo procura, de uma maneira exponencial, expor, mudar e abolir todas as formas múltiplas do poder que estruturam as relações individuais, sociais, e as inter-relações com o mundo natural. Localizar as origens é uma maneira de identificar o que pode ser seguramente recuperado do naufrágio da civilização,  e o que é essencial erradicar a começar se as relações de poder não comecem apos o colapso da civilização.

Que tipo de futuro é imaginado pelos anarco-primitivistas?

O jornal Anarco-primitivista “Anarchy: A Journal of Desire Armed” (Anarquía: Um diário do desejo armado), imagina um futuro que é “radicalmente cooperativo & comunitário, ecológico e feminista, espontaneo e silvestre”, e isto será o mais próximo que possa conseguir de uma descrição! Não há anteprojeto, não há pautas prescritas, contudo é importante assinalar que o futuro imaginado não “é primitivo” em nenhum sentido estereotipado.

Como o Fith State disse em 1979: “Vamos nos antecipar aos críticos, que nos acusariam de quereremos "voltar às cavernas" ou de um mero posicionamento teórico de nossa parte, por exemplo, desfrutando do conforto da civilização enquanto somos seus críticos mais duros. Nós não colocamos a Idade de Pedra como um modelo de nossa Utopia [,] não estamos sugerindo uma volta à caça e coleta como um meio para a sobrevivência”. Como um corretivo para esta interpretação errônea tão comum, é importante assinalar que o futuro imaginado pelos anarco-primitivistas é impreciso e sem antecedentes.. Ainda que as culturas primitivas forneçam indicios de como será o futuro, e este futuro pode muito bem incorporar elementos derivados daquelas culturas, um mundo anarco-primitivista será provavelmente muito diferente das formas prévias de anarquía.

Como vê o anarco-primitivismo a tecnologia?

John Zerzan define a tecnologia como “o conjunto da divisão do trabalho/produção/industrialismo e seu impacto em nós e na natureza. A tecnologia é a soma das mediações entre nós e o mundo natural e a soma daquelas separações que nos mediam um dos outros. É toda a farmacopéia e a toxicidade requerida para produzir e reproduzir o estado de hiper-alienação no qual definhamos. É a textura e a forma de dominação em qualquer dos estágios de hierarquia e dominação presentes”. A oposição à tecnologia joga portanto um importante papel na prática anarco-primitivista. De todas formas, Fredy Perlman diz que “a tecnologia não é nada mais que o arsenal do Leviathan”, suas “garras e caninos”. Os anarco-primitivistas são aqueles que se opõem à tecnologia, mas há algum debate sobre como central é a tecnologia para a dominação na civilização. Uma distinção deve ser feita entre ferramenteas (ou utensilios) e tecnologia.

Perlman mostra que os primitivos desenvolvem toda classe de ferramentas e utensílios, mas não tecnologias: “Os objetos materiais, as canas e canoas, as ferramentas para cavar e paredes, eram coisas que um só indivíduo poderia fazer, ou eram coisas, como uma parede, que requer a cooperação de muitos numa ocasião particular… A maioria dos utensílios são antigos, e o [material] excedente (que supostamente estes utensílios fizeram possível] tem estado disponível desde o primeiro alvorecer, mas não deram lugar ao nascimento de instituições impessoais. As pessoas, os seres vivos, deixaram que surgissem ambos”. As ferramentas são criações numa escala pequena, localizada, os produtos ou bens de indivíduos ou de grupos pequenos em ocasiões específicas. Como tais, não deram origem a sistemas de controle e coerção. A tecnologia, por outro lado, é o produto de um longo processo, encadeando sistemas de extração, produção, distribuição e consumo, e tais sistemas adquirem sua própria dinâmica e impulso. E como tais, pedem estruturas de controle e obediência numa escala de massas - o que Perlman chama instituições impessoais.

Como o Fifth Está assinalou em 1981: “ A tecnologia não é uma simples ferramenta que pode ser utilizada de qualquer maneira que queiramos. É uma forma de organização social, um conjunto de relações sociais. Tem suas próprias leis. Se estamos engajados em seu uso, devemos aceitar sua autoridade. A imensidão, as complexas interconexões e estratificações das tarefas que constroem os modernos sistemas tecnológicos fazem necessárias comandos autoritários e independentes, e impossíbilitando a tomada de decisões individuais. “ O anarco-primitivismo é uma corrente anti-sistema: opõe-se a todos os sistemas e instituições, abstrações, o artificial, o sintético, e o mecânico, porque isso encorporam relações de poder. Anarco-primitivistas, portanto, se opõe a tecnologia e ao sistema tecnológico, mas não ao uso de ferramentas e utensílios nos sentidos que se indicaram aqui.

E quanto a quais formas tecnológicas seriam apropriadas num mundo anarco-primitivo, há um debate sobre esta questão. O Fifth Está remarcou em 1979 que “Reduzindo a seus elementos mais básicos, as discussões sobre o futuro devem ser sensíveis sobre o que desejamos socialmente e, portanto, isto determina qual tecnologia é possível. Todos nós desejamos calefação central, vasos sanitários e luz elétrica, mas não as custas de nossa humanidade. Talvez sejam possíveis juntos, mas talvez não”.

E sobre a medicina?

Fundamentalmente, o anarco-primitivismo é sobretudo curar -- curar as fendas abertas dentro dos individuos, entre as pessoas, e entre as pessoas e a natureza, as fendas que se abriram através da civilização, através do poder, incluíndo o Estado, o Capital e a Tecnologia.

O filósofo alemão Nietzsche disse que a dor, e a maneira como é tratada, teria que estar no centro de qualquer sociedade livre, e no que diz respeito a isto, ele esta certo. Os individuos, as comunidades e a própria Terra foram mutilados num grau ou em outro pelas relações de poder características de civilização. As pessoas foram mutiladas psicologicamente mas também fisicamente agredidas por males e doenças!. Isto não é sugerir que o anarco-primitivismo possa abolir a dor, os males e a doença. De qualquer maneira, as investigações revelaram que muitas doenças são os resultados das condições de vida civilizada, e que se estas condições fossem abolidas, então certos tipos de dor, males e doenças desapareceriam.

E para os que ficassem, um mundo que situa a dor como seu centro, será vigoroso em seu empenho em acalmá-lo, encontrando maneiras de sanar os males e doenças. Neste sentido, o anarco-primitivismo está muito implicado com a medicina. De qualquer jeito, a alta-tecnologia alienadora, a forma farmaco-centrada da medicina praticada em Ocidente não é a única forma de medicina possível. A questão de em que consistirá a medicina num futuro anarco-primitivista depende, como no comentário anterior do Fifth Está sobre tecnologia, em no que é o possível e em qual é o desejo das pessoas, sem comprometer o modo de vida dos indivíduos livres em comunidades livres centradas ecologicamente. Como em qualquer outra pergunta, não há respostas dogmáticas a esta questão.

E sobre a população?

É uma questão controversa, largamente porque não há consenso entre anarco-primitivistas neste tema. Algumas pessoas argumentam que não será necessária uma redução da população; outros argumentam que será em razões ecológicas e/ou para manter os diferentes modos de vidas imaginados pelos anarco-primitivistas. George Bradford, em How Deep is a Deep Ecology ? (O quão profunda é uma Ecologia profunda?) argumenta que o controle das mulheres sobre a reprodução nos conduzirá a uma queda na taxa de população. O ponto de vista pessoal deste escritor é que a população precisará ser reduzida, mas que isto ocorrerá através de uma redução natural.- por exemplo, quando as pessoas morrem, nem todas serão substituídas, e por tanto a população global cairá e eventualmente se estabilizará.

Os anarquistas têm longamente argumentado que num mundo livre, as pressões sociais, econômicas e psicológicas para uma reprodução excessiva seriam substituídas. Teria outras muitíssimas coisas interessantes em marcha para engajar o tempo das pessoas! As feministas têm argumentado que as mulheres, liberadas dos constrangimento de gênero e da estrutura familiar, não serão definidas por suas capacidades reprodutivas como nas sociedades patriarcais, e disto resultaria níveis inferiores de população também. Por tanto a população seguramente baixará, queira ou não. Apesar de tudo, como Perlman elucida, o aumento da população é um puro produto da civilização: “um incremento estável no número de humanos [é] tão persistente como o prórpio Leviathan. Este fenômeno parece existir só entre os seres humanos Leviathanizados.
Os animais assim como as comunidades humanas em estado natural não proliferam ao ponto de empurrar todas as outras espécies fora do campo”. Por tanto não há realmente uma razão para supor que a população humana não se estabilizará uma vez que as relações sociais Leviathanicas tenham sido abolidas e a harmonia comunitária seja restabelecida.
Ignore as estranhas fantasias difundidas por alguns comentaristas hostis ao anarco-primitivismo que sugerem que os níveis de população imaginados pelos anarco-primitivistas deverão ser conseguidos com uma mortandade em massa ou ao estilo dos campos nazistas de extermínio. Estas são apenas táticas caluniadoras. O compromisso dos anarco-primitivistas com a abolição de todas as relações de poder, incluindo o Estado com todo seu aparelho administrativo e militar, e qualquer especie de partido ou organização, significa que tais matanças orquestradas ficam impossibilitadas como também os cenários horriveis.

Como poderemos trazer um futuro anarco-primitivista?

A pergunta premiada! (Para utilizar uma metáfora inteiramente suspeita!) Não há regras rigidas aqui, não há anteprojeto. A resposta fácil - vista por alguém como uma saída fácil- é que as forma de luta emergem no curso da insurgencia. Isto é verdade, mas não é necessariamente de muita ajuda!. O fato é que o anarco-primitivismo não é uma ideologia que procura poder. Não procura capturar o Estado, tomar as fábricas, ganhar seguidores, criar organizações políticas, ou governar as pessoas. Pelo contrário, quer que as pessoas passem a ser indivíduos livres vivendo em comunidades livres que são interdependentes umas de outras e com a biosfera que habitam. Isto requer, então, uma total transformação, uma transformação da identidade, dos modos de vida, das formas de ser, e das formas de comunicação. Isto quer dizer que, as comprovadas intenções das ideologias que procuram o poder, não são relevantes para o projeto anarco-primitivista, que procura sua abolição. Por tanto precisam ser desenvolvidas novas formas de ser e de atuar, forrmas apropriadas para e proporcionais ao projeto anarco-primitivista.Este é um processo continuo e não há uma resposta fácil para a pergunta: O que deve ser feito?.
No presente, muitos estão de acordo de que comunidades de resistência são elementos importantes no projeto anarco-primitivista. A palavra “comunidade” é utilizada estes dias de toda e de maneiras absurdas (por exemplo, na comunidade dos negócios), precisamente porque a maioria das comunidades genuínas foram destroçadas pelo Capital e o Estado. Alguns pensam que se as comunidades tradicionais, freqüentemente fontes de resistência ao poder, foram destruídas, pois criaram comunidades de resistência - comunidades formadas por indivíduos que têm como objetivo em comum a resistência - é uma forma de recriar bases para a ação. Uma velha idéia anarquista é que o mundo novo tem que ser criado sem a concha do velho. Isto significa que quando a civilização entrar em colapso - por causas internas, pelos nossos esforços, ou uma combinação de ambos- terá uma alternativa esperando ocupar seu lugar.
Isto é realmente necessário como, na ausência de alternativas positivas, a ruptura social causada pelo colapso pode facilmente criar insegurança psicológica e um esvaziamento social no qual o fascismo e outros totalitarismos ditadores podem florescer. Para o autor, isto significa que os anarco-primitivistas precisam desenvolver comunidades de resistência - microcosmos (tantas quanto possiveis) do futuro que virá- tanto em cidades como no campo. Estas comnidades de resistência precisam funcionar como bases para a ação (particularmente a ação direta), mas também como lugares para a criação de novos formas de pensamento, conduta, comunicação, e ser, e por ai vai, aassim como novas direções éticas - em resumo, uma nova cultura inteiramente liberadora. Precisam se tornar lugares onde as pessoas possam descobrir seus autênticos desejos e prazeres, e através da velha idéia anarquista da obra exemplar, ensinar aos outros com o exemplo de que modos alternativas de vida são possíveis. De qualquer maneira, há muitas outras possibilidades que precisam ser exploradas. O tipo de mundo imaginado pelos anarco-primitivistas é um mundo sem precedentes na experiência humana, em termos do grau e dos tipos de liberdade antecipadas… por tanto não podem ter nenhum limite nas formas de resistência e de insurgência que possam possivelmente se desenvolver. O tipo de vasta transformação imaginada necessitara de toda especie de pensamento e atividade inovador.

Como posso encontrar mais sobre anarco-primitivismo? (1)

O Primitivist Network (PO Box 252, Ampthill, Beds MK 45 2ZQ) pode vos oferecer uma lista de leitura. Confira as publicações do grupo britânico Green Anarchist e os zines americanos Anarchy: A Journal of Desire Armed e o Fifth Estate. Leia Against His-story, Against Leviathan (contra a (sua) história - contra o leviatã) de Fredy Perlman, (Detroit: Black&Rede, 1983) o texto anarco-primitivista mais importante , e os livros de John Zerzan: Elements of Refusal (Seattle: Left Bank, 1988) e O Futuro Primitivo (New York: Autonomedia, 1994)

Como posso me envolver com o anarco-primitivismo? (2)

Uma maneira é entrar em contato com o Primitivist Network. se enviar dois selos de primeira classe, receberá uma cópia da lista de contatos do PN e estara adicionado a ela. Isto te colocara em contato com outros anarco-primitivistas. Algumas pessoas envolvidas com a Earth First! também vêem a si mesmos como anarco-primitivistas, e eles também estão procurando contatos.

Tradução  - Erva Daninha - iniciativa anarquista-verde

Notas:
1. Em lingua portuguesa é possivel ter acesso a diversos materiais anarco-primitivistas nos seguintes sites: http://ervadaninha.blogger.com.br  - http://largue.cjb.net
O coletivo ervadaninha possui em brochura (formato zine) edições de importantes textos do anarco-primitivismo e de outras perspectivas anticivilização, receba um catalogo enviando email para ervadainha@riseup.net (N do T)
2. Participe da lista de discussão anticivilização (   ). Entre em contato com o coletivo Erva daninha. Mantemos contato com pessoas em diversas parte do Brasil.